Em partida disputada no Camp Nou, Barcelona e Manchester United não marcaram gols e adiaram a decisão para o segundo jogo na Inglaterra. Aos dois minutos de jogo o Manchester teve a seu favor um pênalti depois que a bola bateu na mão do zagueiro Milito. Cristiano Ronaldo bateu para fora desperdiçando uma oportunidade de abrir vantagem para o jogo da volta.
Frank Rijkaard utilizou a plataforma 4-1-3-2 com alternância para a 4-1-2-3 nos ataques posicionais através da abertura de Iniesta como um atacante pelo lado esquerdo. Alex Ferguson montou o Manchester na plataforma 4-4-1-1, marcando na intermediária defensiva. Ambas equipes usaram a marcação híbrida, ou seja, alternando, de acordo com a situação características da marcação individual e zona.
Figura 1 – Barcelona (laranja) sem bola
Mesmo tendo ficado com a posse de bola quase o dobro do tempo do Manchester (64% contra 36%), o Barcelona alterou um pouco sua forma de jogar colocando três jogadores à frente de Touré (5) em seu setor de meio de campo (figura 1). Após a recuperação da bola, Iniesta (8) entrava como terceiro atacante, dando amplitude ao ataque pelo lado esquerdo, fazendo com que a equipe circulasse a bola da maneira que está habituada. Porém, esse desenho (figura 2) não permitia jogadas individuais por esse lado pelas características do atleta, concentrando o jogo espanhol todo em Messi (11) do lado direito até o momento da sua substituição.
Figura 2 – Barcelona buscando a profundidade ofensiva
Pela disposição espacial, podemos observar que dois jogadores do Manchester tinham funções além daquela que é flutuar com a equipe. Evra (6) não acompanhava a flutuação à direita da sua equipe, marcando Messi com proximidade. Tévez (9) aproximava-se de Touré (5) sempre que o Barcelona recuperava a bola, ou marcando individualmente ou fechando linhas de passe para esse jogador. O ala Park (11) quando necessário recuava um pouco ocupando o espaço na linha de defesa deixado pela opção em marcar individualmente Messi.
Ferguson mostrou estar correto nas opções adotadas, pois, foi à Espanha e trouxe um resultado interessante para decidir em casa. O maior volume de jogo do Barcelona não foi traduzido proporcionalmente em reais chances de gols, sendo a melhor oportunidade para marcar o pênalti desperdiçado por Cristiano Ronaldo.
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