É quase que fato consumado no futebol entender o processo ofensivo (ataque) o momento em que a própria equipe tem a posse da bola e o processo defensivo (defesa) o momento em que a posse de bola é do adversário.
E nas transições, quem está atacando e quem está defendendo?
Simples, na transição defesa-ataque (ofensiva) eu estou atacando e na transição ataque-defesa (defensiva) meu adversário ataca.
Ainda bem que, para os profissionais do futebol, os jogos coletivos são muito mais complexos que essa singela interpretação. Senão qualquer torcedor entenderia o jogo tão bem quanto um treinador de equipe de alto nível.
Os processos ofensivos e defensivos estão tão intrinsecamente conectados que seria impensável analisá-los e treiná-los de forma isolada.
Imagine a seguinte situação:
Sua equipe está vencendo a partida e adota como estratégia manter a posse de bola (prioritariamente no campo de defesa pela ocupação espacial do adversário) com o objetivo de “apenas” esperar o tempo terminar. A equipe adversária realiza uma marcação pressão para recuperar a bola rapidamente e tentar realizar uma finalização a gol.
Pergunta: Quem está defendendo? E atacando?
Essa situação muito comum nos jogos que presenciamos mostra que a posse de bola por si só não determina a atitude de uma equipe. E a ausência dele também não.
E respondendo a pergunta do título desse artigo, podemos entender que os processos ofensivos e defensivos acontecem simultânea e constantemente dentro do jogo e isso deve ser levado em conta na elaboração de um treinamento tático.
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