Vamos esclarecer que não é de nosso interesse nessa matéria discutir toda a evolução dos sistemas de jogo desde que o futebol passou a ser trabalhado numa perspectiva mais coletiva que individual.
Apenas para contextualizar, temos o WM lá no início dos anos 30, passando pela Diagonal Brasileira até a chegada do 4-2-4 nos anos 50 quando os sistemas passaram a ser nomeados de acordo com o número de jogadores presentes em cada setor do campo (defesa, meio-campo e ataque), exceção feita ao goleiro por motivos óbvios. Não podemos descartar que futuramente podemos ter uma formação de goleiros que os prepare para participar na saída de bola em momentos onde o resultado é adverso.
É importante frisarmos alguns conceitos que influenciam na evolução e na opção por um sistema de jogo:
- a participação mais ativa da fisiologia do exercício implicou em maior capacidade de deslocamentos e mais intensidade nas ações praticadas, forçando alguns sistemas a se adaptarem a essa nova realidade;
- o sistema de jogo é um posicionamento inicial, além disso, a equipe possui um posicionamento “sem bola” e outro “com bola”;
- os sistemas são sempre derivados um do outro, pois na sua essência têm os mesmo compartimentos (defesa, meio-campo e ataque);
- os sistemas surgem em sua da necessidade de se anular um sistema anterior que vinha sendo bem sucedido;
- dentro do mesmo sistema existem pequenas variações de posicionamento que não são suficientes para enquadrá-lo como um “novo” sistema;
- para um mesmo sistema, a alteração das características dos atletas implica em mudanças consideráveis;
- após o início da partida, independentemente do sistema de jogo utilizado, cada equipe apresentará uma variedade de movimentações peculiar;
As características de um sistema de jogo são baseadas na ocupação espacial que ele impõe a quem o adota. A dinâmica de duas equipes pode ser totalmente diferente dentro de um mesmo sistema, o que influenciará diretamente nos resultados obtidos.
Leandro Zago
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