É discussão corrente entre os profissionais do futebol, principalmente os estão no seu dia-a-dia em campo para ministrar treinamentos, as metodologias de treinamento utilizadas. Temos aqueles defensores de metodologias tecnicistas, os que trabalham com os jogos reduzidos, treinamentos com situações-problema presentes no jogo e algumas outras que conhecemos.
Não é de nosso interesse nesse artigo discutir qual a melhor, mais utilizada atualmente ou qual devemos usar para cada faixa etária. A questão é a seguinte: estamos nos apropriando de todas as formas possíveis de aprendizado para explorar a nossa proposta de treino?
Vamos pensar no aprendizado sob três perspectivas:
- cinestésico: aprendemos com as situações vividas com nosso corpo, as sensações que cada uma delas nos provoca.
- auditivo: qualquer estímulo sonoro, comunicação verbal, músicas, etc.
- visual: o que nossos olhos conseguem captar de informações em nível consciente e inconsciente.
Todos essas formas de aprendizado estão presentes num treino de campo, mas sabemos que o aprendizado cinestésico tem um peso maior em relação aos outros dois no que se refere às informações captadas. Ou seja, aprendemos mais vivenciando qualquer momento do que ouvindo-o ou vendo-o somente. Todos os treinadores realizam seu treinamento e conversam com seu grupo durante esse período. Notemos que os recursos visuais ficam presos ao que o atleta conseguiu captar durante o treino e tudo que ele “deixou passar” não foi incorporado como experiência de jogo.
Pensando em treinamentos táticos com suas situações coletivas e jogos, é imprescindível que um treinador tenha materiais gravados, da sua equipe e de outras, para discutir com seu grupo de jogadores toda a parte estratégica adotada e fazer com esses mesmos jogadores se tornem parte atuante desse processo, gerando conseqüentemente um envolvimento de ambas as partes (treinador-atleta).
Temos pleno conhecimento que está fora da realidade todo treinador de futebol possuir um notebook e um datashow para interagir dessa forma com seu grupo ou um gravador de DVD para copiar e editar imagens. Mas, com um pouco de criatividade, nós também temos que criar condições para dar um salto de qualidade no nosso trabalho.
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